Ira! é uma banda brasileira de rock and roll, formada em 1981, na cidade de São Paulo. A banda anunciou seu término em setembro de 2007 mas para nossa alegria retomou suas atividades no início de 2014.
Na década de 80
Edgard Scandurra
Nessa época, Edgard estudava no Colégio Brasílio Machado, onde conheceu um sujeito esquisito chamado Marcos Valadão Rodolfo, de apelido Nasi.
Mais tarde, Edgard chamou o Nasi para participar do Subúrbio, no festival interno do colégio Objetivo. Nessa época, o grande hit do Subúrbio era "Pobre Paulista", que mais tarde viraria um dos grandes hits do Ira!. Em 1980, Edgard foi convocado para servir o exército, e foi lá onde Edgard iria compor N.B. ("Núcleo Base"), que por sua vez também viraria um grande hit do Ira!.
Em 1981, Nasi chamaria o amigo Edgard para tocar num show na PUC e ali surgiria o Ira!, ainda sem exclamação, e com nome inspirado no Exército Republicano Irlandês. Completavam a formação o baterista Fabio Scattone, e o baixista Adilson.
Dois anos se passaram até que o produtor Pena Schimidt descobriu a banda, nessa época contando com Charles Gavin (que viria a se tornar membro dos Titãs) na bateria e Dino (companheiro da antiga banda Subúrbio) no contrabaixo, e os levou até a gravadora Warner, onde o Ira! gravaria seu primeiro compacto, IRA, que contava com as músicas "Gritos na Multidão" e "Pobre Paulista".
Em março de 1985, após trocar Dino por Ricardo Gaspa, e Charles Gavin pelo ex-titã André Jung, o Ira!, com ponto de exclamação, gravaria seu primeiro LP, Mudança de Comportamento. Que conta com 11 faixas, entre elas "Núcleo Base", "Ninguém Precisa de Guerra", "Longe de Tudo" e "Ninguém Entende um Mod".
No ano seguinte, com maior prestígio dentro e fora da gravadora, a banda lançaria o LP Vivendo e Não Aprendendo. O disco, lançado em Setembro, era uma obra prima, trazia grandes hits como "Envelheço na Cidade", "Vitrine Viva", "Pobre Paulista" e "Gritos na Multidão", sendo as duas últimas gravadas ao vivo na Broadway em São Paulo.
O sucesso do grupo se consolidou quando a música Flores em Você entrou na trilha sonora da novela "O Outro" da rede Globo. O disco chegaria a marca de 200 mil cópias vendidas. O grupo era aclamado pela mídia, e Edgard Scandurra foi escolhido pela revista Bizz como o melhor guitarrista brasileiro. Edgard, um canhoto sui generis por não inverter as cordas da guitarra, tocava com grande velocidade.
Quatro meses depois, a banda ressurgiria com o lançamento do álbum Psicoacústica, que contava com um instrumental afiadíssimo. Dentre as oito longas faixas estavam "Rubro Zorro", "Manhãs de Domingo", "Farto de Rock 'n' Roll", e um rap de roda "Advogado do Diabo". O disco se tornaria a obra "cult" do Ira!.
No caminho para o quarto disco, Edgard Scandurra gravou um disco solo chamado "Amigos Invisíveis", onde tocava todos os instrumentos.
O primeiro disco da década de 90 foi o Clandestino, que trazia fortes influências do Cinema Novo que produziria bons momentos como "Nasci em 62", Melissa (com a participação especial de Paulo Villaça - Bandido da Luz Vermelha), "Cabeças Quentes" e "Consciencia Limpa".
Um surto de renovação e criatividade resultaria no disco 'Meninos da Rua Paulo, em 1991. O entusiasmo da banda ao cantar "Você Ainda Pode Sonhar", uma versão em português composta por Raul Seixas de "Lucy in the Sky with Diamonds", de Lennon e McCartney, foi um dos grandes momentos do disco. Essa versão foi originalmente gravada pela banda de rock 'Raulzito e os Panteras', no disco de mesmo nome, em 1968.
Em 1993 Nasi lança o primeiro disco solo com o projeto paralelo Nasi & os Irmãos do Blues, trabalho este voltado para o rhythm and blues.
Em 1994, o grupo lançou o sexto disco Música Calma para Pessoas Nervosas, obra que viria encerrar um ciclo do Ira! junto à Warner . Esse disco, autoproduzido pelo grupo, teve como destaque a música "Arrastão".
Em 1995, já na gravadora Paradoxx, o grupo lançou o disco 7 (o primeiro CD-ROM da banda, antes eram LPs) com destaque para "É Assim que me Querem". Como faixa bônus, "Nasci em 62", tirada de um show com participação de Arnaldo Antunes. O álbum foi gravado logo após uma turnê de quatro shows no Japão que culminaram com uma apresentação antológica no Club Cittá, templo do Rock no Japão.
No final de 1996, Edgard lançou seu segundo disco solo "Benzina", mesclando o rock clássico, já presente no Ira!, com novas tendências de música eletrônica.
Em maio de 1998, o Ira! lança o ousado Você Não Sabe Quem Eu Sou, álbum que incorpora algo da atitude criativa de Psicoacústica" ao fazer do estúdio um laboratório para a criação de arranjos inusitados, o disco viria receber o prêmio de "Melhor Produção de Rock" da APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte).
Deixando a gravadora Paradoxx, o Ira! desenvolve o embrião do que viria a ser seu nono disco ao produzir um CD demo, baseado em covers, que acabaria por conduzir o grupo para a Abril Music. Em novembro de 1999 o Ira! lança o aclamado Isso É Amor, CD que rapidamente ganharia as rádios e o prestígio de crítica levando o Ira! a ser considerado pela APCA "O Melhor Grupo de Música Popular de 1999"
Em 2000, a banda lança o MTV Ao Vivo gravado no Memorial da América Latina, em comemoração aos vinte anos de sucesso. Não faltam clássicos como "Tolices", "Envelheço na Cidade", "É assim que me querem" e "Flores em você". Seguido desse sucesso de vendas (cerca de 160.000 exemplares em CD e mais de 21.000 em DVD), o Ira! Apresenta-se no Rock In Rio III, no ano de 2001, para 250.000 pessoas (o recorde de público no Festival), um dos momentos mais marcantes na carreira da banda.
Ricardo Gaspa lança seu projeto paralelo de surf music "Huntington Bitches".
Em 2001 o grupo lança o CD Entre Seus Rins, apenas com músicas inéditas. Sendo a faixa Entre Seus Rins, que traz o nome do álbum, um grande sucesso.
Depois de preferir continuar atrelada às suas raízes punk e de lançar vários discos nos anos 80 e 90, o Ira! retoma o sucesso com o lançamento do Acústico MTV em 2004, que além de clássicos trouxe quatro faixas inéditas, e também participaçoes de três gerações diferentes na gravação: Paralamas do Sucesso, Samuel Rosa e Pitty. Consolidando, ainda mais, o Ira! entre os maiores nomes do rock brasileiro.
Em 2007, retornando a inéditas e ao rock clássico, o grupo lançou o álbum intitulado Invisível DJ. Ao todo o disco contém 12 faixas, com direito a regravação de Feito Gente, composta por Walter Franco na década de 70. Destaque para Mariana Foi pro Mar, tocada ao som de violão numa levada sessentista e Eu Vou Tentar, que se tornou um hit.
Em 2007, após brigas com o irmão e empresário Airton Valadão, Nasi retirou-se da banda.
Com isso os ex-integrantes do Ira! assumiram totalmente seus projetos, até então, paralelos. Nasi, seguiu em carreira solo e lançou três álbuns, um DVD e sua biografia A Ira de Nasi, escrita pelos jornalistas Mauro Beting e Alexandre Petillo e publicada em meados de 2012.
Nasi
Mais tarde, Edgard chamou o Nasi para participar do Subúrbio, no festival interno do colégio Objetivo. Nessa época, o grande hit do Subúrbio era "Pobre Paulista", que mais tarde viraria um dos grandes hits do Ira!. Em 1980, Edgard foi convocado para servir o exército, e foi lá onde Edgard iria compor N.B. ("Núcleo Base"), que por sua vez também viraria um grande hit do Ira!.
Pobre Paulista
Em 1981, Nasi chamaria o amigo Edgard para tocar num show na PUC e ali surgiria o Ira!, ainda sem exclamação, e com nome inspirado no Exército Republicano Irlandês. Completavam a formação o baterista Fabio Scattone, e o baixista Adilson.
Dois anos se passaram até que o produtor Pena Schimidt descobriu a banda, nessa época contando com Charles Gavin (que viria a se tornar membro dos Titãs) na bateria e Dino (companheiro da antiga banda Subúrbio) no contrabaixo, e os levou até a gravadora Warner, onde o Ira! gravaria seu primeiro compacto, IRA, que contava com as músicas "Gritos na Multidão" e "Pobre Paulista".
Em março de 1985, após trocar Dino por Ricardo Gaspa, e Charles Gavin pelo ex-titã André Jung, o Ira!, com ponto de exclamação, gravaria seu primeiro LP, Mudança de Comportamento. Que conta com 11 faixas, entre elas "Núcleo Base", "Ninguém Precisa de Guerra", "Longe de Tudo" e "Ninguém Entende um Mod".
Ricardo Gaspa lança seu projeto paralelo de surf music "Huntington Bitches".
Em 2001 o grupo lança o CD Entre Seus Rins, apenas com músicas inéditas. Sendo a faixa Entre Seus Rins, que traz o nome do álbum, um grande sucesso.
Em 2007, retornando a inéditas e ao rock clássico, o grupo lançou o álbum intitulado Invisível DJ. Ao todo o disco contém 12 faixas, com direito a regravação de Feito Gente, composta por Walter Franco na década de 70. Destaque para Mariana Foi pro Mar, tocada ao som de violão numa levada sessentista e Eu Vou Tentar, que se tornou um hit.
Com isso os ex-integrantes do Ira! assumiram totalmente seus projetos, até então, paralelos. Nasi, seguiu em carreira solo e lançou três álbuns, um DVD e sua biografia A Ira de Nasi, escrita pelos jornalistas Mauro Beting e Alexandre Petillo e publicada em meados de 2012.
No dia 27 de junho de 2012, Nasi e Airton Valadão Júnior, irmão do cantor e ex-empresário da banda, anunciaram à imprensa uma reconciliação após cinco anos de brigas públicas e judiciais. Os irmãos encerraram os processos que moviam um contra o outro e a marca Ira!, que pertencia a Júnior, voltou para Nasi.
Em meados de 2013, a amizade entre Nasi e Edgard Scandurra foi retomada. A reconciliação foi celebrada em um show beneficente realizado em 30 de outubro do mesmo ano, no Espaço Traffô, localizado no bairro da Vila Olímpia, em São Paulo. O evento contou com a participação especial de Paulo Ricardo, Arnaldo Antunes, do trompetista Guizado, além de uma banda de apoio formada pelo multi instrumentista Johnny Boy, nos teclados, Daniel Scandurra, filho de Edgard, no baixo, e Felipe Maia na bateria. A renda do evento foi revertida para a Escola NANE, especializada em crianças com dificuldade de aprendizado. Após esse show, surgiu a possibilidade de um retorno definitivo aos palcos.
E, depois de um recesso de 7 anos, o Ira! está de volta.
Os fãs, ávidos por ver a banda mais emblemática de São Paulo, irão ao delírio com esse reencontro, que parecia improvável tempos atrás. O Ira! e a retomada dessa história que começou há 34 anos, quando Scandurra e Nasi fundaram o Ira!.
Em meados de 2013, a amizade entre Nasi e Edgard Scandurra foi retomada. A reconciliação foi celebrada em um show beneficente realizado em 30 de outubro do mesmo ano, no Espaço Traffô, localizado no bairro da Vila Olímpia, em São Paulo. O evento contou com a participação especial de Paulo Ricardo, Arnaldo Antunes, do trompetista Guizado, além de uma banda de apoio formada pelo multi instrumentista Johnny Boy, nos teclados, Daniel Scandurra, filho de Edgard, no baixo, e Felipe Maia na bateria. A renda do evento foi revertida para a Escola NANE, especializada em crianças com dificuldade de aprendizado. Após esse show, surgiu a possibilidade de um retorno definitivo aos palcos.
E, depois de um recesso de 7 anos, o Ira! está de volta.
Os fãs, ávidos por ver a banda mais emblemática de São Paulo, irão ao delírio com esse reencontro, que parecia improvável tempos atrás. O Ira! e a retomada dessa história que começou há 34 anos, quando Scandurra e Nasi fundaram o Ira!.
Muito legal né!? agora é só curtir o retorno do IRA!
Beijokas e até a próxima!
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