Para hoje um pouquinho do nosso rock nacional, como chegou e como se desenvolveu.
O Rock brasileiro mais conhecido no Brasil como rock nacional teve início no final da década de 50, conquistando maior popularidade na década de 1980.
O "pontapé inicial" do rock no Brasil foi foi incrivelmente com a cantora de samba Nora Ney quando gravou o considerado primeiro rock, "Rock around the Clock", de Bill Haley & His Comets, trilha do filme Sementes da Violência, em outubro de 1955, para a versão brasileira do filme.
O "pontapé inicial" do rock no Brasil foi foi incrivelmente com a cantora de samba Nora Ney quando gravou o considerado primeiro rock, "Rock around the Clock", de Bill Haley & His Comets, trilha do filme Sementes da Violência, em outubro de 1955, para a versão brasileira do filme.
Em uma semana a canção já estava no topo das paradas porém Nora Ney nunca mais gravou nada no gênero, tirando a irônica "Cansei do Rock", em 1961(procurei mas não achei gente, me perdoem!). Em dezembro, a mesma canção recebia versão em português, "Ronda das Horas" gravada por Heleninha Ferreira.
Entre 57 e 58, diversos artistas gravaram versões de músicas americanas, como "Até Logo, Jacaré" ("See You Later, alligator"),"Meu Fingimento" ("The Great Pretender" dos The Platters) e "Bata Baby" (Long Tall Sally de Little Richard).
Embora em 57 o grupo Betinho & Seu Conjunto, de "Enrolando o Rock" tenha alcançado grande fama, os primeiros ídolos do rock nacional foram os irmãos Tony e Celly Campelo que, em 1958, lançaram o compacto Forgive Me/Handsome Boy, que vendeu 38 mil cópias. Tony gravaria mais dois singles até seu álbum em 1959, e Celly estourou em 1959 com "Estúpido Cupido", 120 mil cópias vendidas, chegando a ter boneca própria com a qual aparece na capa de seu LP "Celly Campello, A Bonequinha Que Canta".
Os Campello também apresentariam Crush em Hi-Fi na Rede Record, programa totalmente voltado para a juventude, que revelou diversas bandas.Outros programas também surgiram para aproveitar a "febre" como Ritmos para a Juventude na Rádio Nacional em São Paulo, Clube do Rock na Rádio Tupi do Rio de Janeiro e Alô Brotos! na TV Tupi. Em 1960, surgiu a Revistado Rock.
O começo da década foi marcado pelo surgimento de grupos instrumentais como The Jet Black's, The Jordans e The Clevers os futuros Os Incríveis, e do cantor Ronnie Cord, que lançaria dois "hinos": a versão "Biquíni de Bolinha Amarelinha" e a rebelde "Rua Augusta".
Até que surge um capixaba que se tornaria o maior ídolo do Rock Nacional dos anos 60 e, posteriormente, o maior nome da música brasileira: Roberto Carlos, que emplacou dois hits em 1963, "Splish Splash" e "Parei na Contramão". No ano seguinte, obteve mais sucessos como "É Proibido Fumar" mais tarde regravada pelo Skank e "O Calhambeque". Aproveitando o sucesso, a Rede Record lançou o programa Jovem Guarda, apresentado por Roberto "Rei", seu amigo Erasmo Carlos "Tremendão" e Wanderléa "Ternurinha". Só nas primeiras semanas, atingira 90% da audiência.
Apesar disso, os artistas da MPB "declararam guerra" ao iê-iê-iê da Jovem Guarda, chegando a um protesto de Elis Regina, Jair Rodrigues, entre outros, conhecido "Passeata contra as guitarras elétricas". O programa terminaria em 1968, com a saída de Roberto Carlos.
Então, surgiria a Tropicália. Em 1966, surgiram Os Mutantes, Rita Lee, Arnaldo Baptista e Sérgio Dias, com seu deboche e som inovador. Em 1967, a dupla Caetano Veloso e Gilberto Gil faria as canções "Alegria, Alegria" e "Domingo no Parque", apresentadas no III Festival da Rede Record. No ano seguinte, o álbum Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band fascinou a dupla, levando a apresentações vaiadas em festivais de Record e Excelsior, e ao álbum coletivo Tropicália ou Panis et Circensis, com Mutantes, Gal Costa, Tom Zé, Torquato Neto, Capinan, Rogério Duprat e Nara Leão, considerado um dos melhores álbuns brasileiros da história.
O endurecimento do Regime militar levou Caetano e Gil ao exílio em Londres, onde viveram de 1969 a 1972. Durante o período, gravaram dois discos considerados dos seus melhores, Transa de Caetano, e Expresso 2222 de Gil.
Mesmo com o pouco espaço na mídia, várias bandas e estilos se destacavam no circuito underground da época, como o progressivo regional de O Terço que chegou a gravar um álbum em inglês voltado para o mercado italiano, o hard rock do Made in Brazil, o rock rural de Sá, Rodrix e Guarabyra e o hard progressivo do Casa das Máquinas.
No verão de 1975 foi organizado o pioneiro festival de rock no Brasil, o "Hollywood Rock", patrocinado pela companhia Souza Cruz, no Rio de Janeiro. Participaram os gruposVimana, O Peso, Rita Lee & Tutti Frutti, além dos cantores Erasmo Carlos, Celly e Tony Campelo e Raul Seixas. As apresentações foram registradas no documentário Ritmo Alucinante, lançado no mesmo ano.
Na década de 80 atribui-se a popularização do rock brasileiro, movimento que surgiu para aproveitar a onda do estilo musical o rock! que já havia se consagrado mundialmente nos anos 70. Muitas bandas deste estilo, como os Titãs e Os Paralamas do Sucesso permanecem ativas até hoje, fazendo apresentações por todo o Brasil. Outras bandas e artistas da época, como Engenheiros do Hawaii, Legião Urbana e Renato Russo, foram imortalizados e tocam nas rádios até hoje, devido ao grande sucesso entre o público, principalmente adolescentes.
Nos anos 80, ocorreu a verdadeira "explosão" do rotulado "BRock". Isso se deve em parte à criação de casas de show, como Noites Cariocas e Circo Voador no Rio e Aeroanta em São Paulo. As primeiras bandas a fazerem sucesso foram os irônicos Blitz "Você não soube me amar" e Eduardo Dusek "Rock da Cachorra", junto com João Penca e Seus Miquinhos Amestrados, no batizado "Verão do Rock", em 1982.
Vários locais do Brasil tinham suas bandas surgindo no Rio de Janeiro, surgiram os alegres Kid Abelha e Léo Jaime. Uns e Outros e o fim da banda Vímana revelou Lulu Santos, Lobão também ex-Blitz e Ritchie, em São Paulo, o Festival Punk de 81 revelou Inocentes, Cólera e Ratos de Porão. Além dessa cena, surgiram as principais bandas paulistas, como Ultraje a Rigor, Ira!, Titãs, RPM, Zero, Metrô, e Kid Vinil. Sem se esquecer da cena independente muito bem representados pelo Fellini, Smack, Voluntários da Pátria, Akira S e As Garotas Que Erraram, e Mercenárias, em Brasília, o Aborto Elétrico virou o Capital Inicial, e a Plebe Rude teve o sucesso "Até Quando Esperar" e "Proteção", e no Rio Grande do Sul, os "cabeças" Engenheiros do Hawaii e Nenhum de Nós chegaram ao sucesso nacional. Também estouraram bandas gauchas de rock como TNT, Taranatiriça, Cascavelletes, Os Replicantes, Os Eles, Bandaliera,Garotos da Rua, DeFalla. Na Bahia, chegou ao sucesso o Camisa de Vênus.
No heavy metal, originou-se em Minas Gerais a banda brasileira de maior sucesso internacional, o Sepultura, que toca o gênero extremothrash metal, com letras em inglês. Outra banda a conseguir algum destaque no exterior foi a paulista Viper, que também escrevia letras em inglês, e que ajudou a desenvolver um estilo que viria a ser chamado de metal melódico no Brasil. O Viper foi também responsável por revelar o vocalista Andre Matos, que participaria de duas grandes bandas brasileiras: Angra e Shaman.
A década começou com apenas uma novidade, a MTV Brasil, em 1990. E o primeiro "grande grupo" da década foram os mineiros Skank, que misturavam rock e reggae. Ao longo da década, outros grupos mineiros surgiriam, como Pato Fu, Jota Quest e Tianastacia.
Entre 94 e 95 surgiram dois grupos bem-sucedidos pelo humor: os brasilienses Raimundos, com o ritmo forrocore" (forró+hardcore) e os guarulhenses Mamonas Assassinas, parodiando do heavy metal ao sertanejo, que chegaram a fazer 3 shows por dia e venderam 1,5 milhão de cópias antes de morrerem em um acidente de avião, em 96 (chegaram a 2,6 milhões).
Alguns rappers tiveram ligação íntima com o rock, como Gabriel o Pensador, o Planet Hemp e oPavilhão 9.
O Sepultura teve um crescimento de popularidade nos anos 90, culminando no álbum Roots, que fez da banda uma das principais do heavy metal mundial na época e lhes rendeu razoável exposição no mainstream. Pouco tempo depois, Max Cavalera, membro fundador e frontman, saiu da banda, dando lugar a Derrick Green.
Seguindo o caminho do Sepultura, o Angra também gravou músicas em inglês, misturando power metal com ritmos tipicamente brasileiros. A banda alcançou sucesso na cena heavy metal brasileira e reconhecimento mundial, sendo muito bem recebidos na França e, principalmente, Japão.
Outros destaques são O Rappa, também reggae/rock, Charlie Brown Jr., um "skate punk" com vocais rap, Cássia Eller, com um repertório de Cazuza e Renato Russo, e Los Hermanos, que surgiram com "Anna Júlia", canção pop que não combinava com a imagem intelectual da banda.
Outro fato da década é que todas as bandas do "quarteto sagrado" tiveram de se reinventar para reconquistar audiência, os Paralamas, depois de uma fase experimental, voltaram às paradas com Vamo Batê Lata, o Barão Vermelho, com o semi-eletrônico Puro Êxtase,e os Titãs, com seu Acústico MTV. Depois de um tempinho, surgiram Wilson Sideral e Flávio Landau, Wilson Sideral emplacou nas rádios brasileiras o seu primeiro sucesso que foi a faixa "Não pode parar", e depois de um tempo foi "Zero a zero".
O ano de 2001 foi um ano "trágico" para o rock brasileiro. Herbert Vianna, dos Paralamas, sofreu acidente de ultraleve e ficou paraplégico, Marcelo Frommer, dos Titãs, morreu atropelado, Marcelo Yuka, baterista do O Rappa, foi baleado e ficou paraplégico e Cássia Eller faleceu.
Também surgiram as bandas Detonautas Roque Clube, Reação em Cadeia, CPM 22, Cachorro Grande e a cantora Pitty, que tomaram a atenção da mídia durante toda a década.
No heavy metal brasileiro, embora permaneçam underground, viu-se o surgimento de novas bandas que conseguiram projeção internacional: Shaman, Hangar, Mindflow,Hibria, Torture Squad, Burning in Hell, Shadowside, entre outras. As bandas consagradas da década passada, como Dr. Sin, permaneceram como grandes nomes na cena metálica, que teve Sepultura e Angra ainda como suas principais figuras. Igor Cavalera deixou o Sepultura em 2006, sendo substituído por Jean Dolabella, que também saiu do grupo e foi substituído por Eloy Casagrande, que era da banda de Heavy Metal católico Iahweh. O Angra também passou por mudanças em sua formação: Andre Matos, Luis Mariutti e Ricardo Confesori saíram, sendo substituídos por Eduardo Falaschi, Felipe Andreoli e Aquiles Priester, respectivamente. Andre Matos, juntamente com os outros ex-membros do Angra, formaram o Shaman, que logo alcançou o status de grande banda. Atualmente, Andre Matos segue em carreira solo.
A partir dos anos 2000, começaram a surgir bandas de rock com influências do emotional hardcore, que ganharam muito destaque graças à internet e a redes sociais, como o Orkut. Entre os maiores destaques estão as bandas Nx Zero e Fresno, os maiores representates da categoria no Brasil, que contêm letras simples e que tratam de sentimentos e emoções, altamente populares para o público jovem.
A partir de 2009, uma nova tendência entrou em destaque no cenário musical brasileiro: as chamadas Bandas coloridas, especialmente dedicado para o público feminino jovem e tem como suas principais características as roupas coloridas, óculos new wave, uso de sintetizadores e letras agitadas, alegres.
E é isso aí galerinha! espero que tenham gostado, sugestões??? sintam-se a vontade.
Grande agraço a todos e até a próxima!!!